quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Regiões do Brasil - Parte I (Sudeste)

A região Sudeste, é marcada pelos mais altos planaltos e mais elevados acidentes de relevo do Brasil. Devido a esse acentuado relevo, os rios da bacia do Paraná, descem esses planaltos sendo responsável pela grande concentração do potencial hidrelétrico da região.
A parte leste do Sudeste, é formada por ROCHAS CRISTALINAS e corresponde aos planaltos e serras do Atlântico Leste, os rios que descem para o litoral recortam a encosta, e originam um relevo acidentado. As rochas cristalinas devido a erosão  produzem formas arredondadas (os Mares de Morros). A parte Oeste é formada por Rochas Sedimentares, sobre as quais estendem-se extensos lençõis de Rochas Vulcânicas.
Todos os rios da região tem sua origem em terras altas, e ao escoarem formam as quedas d'água. Dessa forma, três quartos do potencial hidrelétrico do Brasil concentra-se na Região Sudeste.


  • Clima
Com exceção ao sul do estado de São Paulo, que possui um clima subtropical, a região Sudeste caracteriza-se pelo clima TROPICAL. Em grande parte do território possui um CLIMA TROPICAL DE ALTITUDES, devido aos altos planaltos, apenas no litoral que o clima é TROPICAL ÚMIDO, devido ao mar.

  • Formação vegetal
O Sudeste típico caracterizava-se pelas florestas, como a MATA ATLÂNTICA, com exceção das regiões mais a Oeste, que são formadas principalmente pelo Cerrado e pela Caatinga. Contudo as matas foram sendo desmatadas em favor da expansão agrícola, principalmente com as culturas de café, que fizeram a riqueza da região. 
Além disso, mais a Oeste há também a presença da TERRA ROXA, que é uma terra avermelhada muito fértil, e recebeu esse nome por ser descoberta por colonos italianos (vermelho em italiano é rosso). A terra roxa é proveniente de rochas vulcânicas do tipo balsático.

  • Economia
O Sudeste é caracterizado pelo rápido desenvolvimento econômico e crescente dinamismo, oferecendo contraste com o restante do país. 
Foi com o Ciclo do Ouro que a região projetou-se no cenário nacional, e passou a desempenhar papel de centro econômico, político e social. Com a decadência do ouro teve início o Ciclo do Café, um novo ciclo econômico no Brasil, que aumentou a importância da Região Sudeste.
E quando a industrialização teve início no Brasil, foi nesta região que começou a concentração das atividades febris. O dinamismo se propaga e sua influência começa a expandir-se para regiões vizinhas e posteriormente para todo o território nacional.

  • Atividades Agrícolas
O café é uma das mercadorias mais importantes entre as exportadas pelo Brasil, sendo o Sudeste o maior e mais importante produtor, e foi em função da economia cafeeira que a região conheceu sua prosperidade. Nos dois últimos séculos o café expandiu-se e substitui a mata virgem. Com o comércio surgiram novas cidades, construiu-se ferrovias e estradas.
Por muito tempo a cafeicultura caracteriza-se como monocultura em grandes propriedades. Com o tempo deixou de ser uma monocultura, além de ser plantado em pequenas propriedades; as técnicas modernizaram-se e a produção diversificou-se. Atualmente o Sudeste apresenta grande diversidade de produtos agrícolas comerciais, as culturas mais recentes são de soja e trigo.
A atividade agrária que apresentou maior crescimento na região foi a criação de gado. Este crescimento está ligado as necessidades do mercado, a necessidade de leite e carne para abastecer as populações urbanas.
A parte Oeste de São Paulo é onde encontra-se os maiores indícios de mecanização da agricultura, além do consumo de adubo e recursos modernos. 
Nos cultivos animais aboliram-se as queimadas, além de combate a erosão através de plantações seguindo as curvas de nível. No leste as terras cansadas e a topografia dificultam o progresso, já no Norte de Minas, os cerrados possibilitam a criação extensiva.

  • Indústria e Circulação
Por diversos motivos o Sudeste foi a primeira região a insdustrializar-se no Brasil. As riquezas provenientes do café, por exemplo, foi o que permitiu a obtenção de capitais para a construção das primeiras fábricas. Ainda devido ao café, a região contou com muitos imigrantes para contribuir com a industrialização, além de "obrigar" a região a desenvolver o transporte ferroviário. A região ainda conta com grande potencial hidrelétrico e algumas das maiores jazidas de ferro do mundo. 
A industrialização, portanto, é recente. Contudo, o crescimento tem sido constante, tornando a região cada vez mais industrializada. Com a Segunda Guerra Mundial houve um maior desenvolvimento da indústria de base, abrindo espaço para indústrias menores.
Há criação de centros em torno de São Paulo, que desenvolvem diferentes setores. Há industrialização em torno da Baía de Guanabara, além de um núcleo em Belo Horizonte. No entanto, há industrialização dispersa em outras áreas da região. Na década de 1990 diminuem os investimentos, aumentando o desemprego no setor secundário.
Com a industrialização desenvolveu-se também o comércio, tanto na região quanto entre as regiões. Os centros industriais cresceram e começaram a vender produto industrializado para o restante do país. Devido a circulação interna de produtos viu-se a necessidade de criar uma rede de transporte que cresce a cada ano. No Sudeste em si a rede ferroviária tornou-se mais densa, além de ocorrer o crescimento da região rodoviária e portuária. São dos núcleos metropolitanos que partem eixos rodoviários que interligam as regiões.


  • Crescimento Regional
A região apresenta grande crescimento demográfico. Desde o início do século o número de habitantes aumentou em cerca de oito vezes, mas não há um crescimento igualitário em toda a região. Em São Paulo o crescimento é bem maior que nos outros estados, dessa forma caracteriza-se como o estado mais populoso do país.
Mas o crescimento do Sudeste está muito ligado aos movimentos migratórios. Com a decadência do ouro, muito mineiros vieram pra cá, com o fim da escravidão, muitos imigrantes foram atraídos para a região.
É necessário pensar também nas migrações dentro do país, principalmente do Nordeste para o Sudeste. No entanto, o mercado de trabalho não estava dando conta do excedente de mão de obra, gerando muito desemprego, com isso agora ocorre o movimento contrário, e muitas famílias estão retornando ao estado de origem.
A urbanização caracteriza-se pelo crescimento acelerado das cidades e as consequências desse crescimento. O crescimento e movimento da população está diretamente relacionado as mudanças socioeconômicas em ritmo dinâmico. O processo atual da rápida urbanização foi provocado pelo surto industrial, pois o ritmo de urbanização acompanha a industrialização.
A principal característica demográfica do Sudeste é o fato de maior parte da população viver nas aglomerações urbanas, 40% da população do Brasil vive na Região Sudeste, além disso, nessa região desenvolve-se as três maiores cidades do país: São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, sendo as duas primeiras cidades globais.


  • Extração Mineral e Vegetal
A vida urbana na parte mais desenvolvida de região Sudeste reflete o grande dinamismo do país, no entanto a região não vive apenas em função do comércio. O Sudeste tornou-se a influência comercial do país, que é mais intensa a partir do seu núcleo (São Paulo e Rio de Janeiro). As duas cidades são so dois maiores centros industriais, comerciais e de finanças do país, além de constituirem focos culturais e políticos.
Pelo seu desenvolvimento agrícola, industrial e comercial, é no Sudeste que concentra-se a maior riqueza do país, e parte das riquezas se distribui para as outras regiões, assim a economia do país depende desta.
O Sudeste metropolitano é a principal região urbano-industrial e econômica do país, se estende da Grande São Paulo a Grande Rio de Janeiro (Vale do Paraíba). Em termos agropecuários destaca-se a criação de gado leiteiro e o cultivo de banana e arroz.
Já a região central de Minas Gerais (Quadrilátero Ferrifero) caracteriza-se pelo desenvolvimento da siderurgia, pelos recursos minerais, pelas indústrias automobilísticas e de refinaria.
Já o Oeste Paulista é caracterizado pela moderna e diversificada agroindústria e pela forte pecuária extensiva. Já o Norte de MG é marcado pela semiaridez, fazendo parte da SUDENE (Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste) e mantendo a criação extensiva de gado e o cultivo de algodão. A região mais importante de MG é o TRIÂNGULO MINEIRO, onde se destaca a pecuária extensiva e o cultivo de arroz, milho, algodão, soja e café.

A participação da REGIÃO SUDESTE no PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro sofreu uma decaída entre 1985 e 2005. Na década de 80 sofreu uma desconcentração econômica, o que não implicou na importância da região que continua sendo o centro das tomadas de decisões e do capital.

"Tecnologia, educação e intermediação financeira são os novos pilares da economia do Sudeste", consoante Paiva.

O vídeo é um pouco cansativo, mas bem interessante:

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