quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Sistema Respiratório

O Sistema Respiratório é formado por um conjunto de cavidades e tubos que levam o ar ao pulmão, e pelo próprio pulmão.
- Cavidade Nasal - O ar chegará a cavidade através das fossas nasais. Já na cavidade nasal o ar será filtrado, umedecido e aquecido.
- Faringe - Apenas para passagem, também faz parte do sistema digestório.
- Laringe - Onde estão localizadas as cordas vocais, mais grossas nos homens e mais finas nas mulheres, fazendo com que a voz dos homens seja mais grossa que a das mulheres.
- Traquéia, brônquios e bronquíolos - Formam a mucosa respiratória, onde há muco e células ciliadas. A mucosa tem por função eliminar as impurezas que não forem eliminadas na cavidade nasal.
A cavidade nasal, a faringe, a laringe, a traquéia, os brônquios e os bronquíolos fazem parte da VIA RESPIRATÓRIA.


  • Alvéolos
Os alvéolos são os responsáveis pelas trocas gasosas. São pequenas estruturas ocas e envoltas pela Pleura.

ALVÉOLOS + PLEURA = PULMÃO

A parede do alvéolo é formada por um epitélio simples (para que as trocas gasosas sejam possíveis), além de serem vascularizados, pois as trocas gasosas ocorrem com o sangue. Internamente é revestida pelo Líquido Sulfactante que mantém o alvéolo aberto.



  • Funções e Fisiologia
A principal função do sistema respiratório é absorver Gás Oxigênio e liberar Gás Carbônico.

ABSORÇÃO DE GÁS OXIGÊNIO + ELIMINAÇÃO DE GÁS CARBÔNICO = TROCAS GASOSAS

- Difusão Simples - Devido a diferença de concentração de Gás Oxigênio entre o sangue e o alvéolo, assim como a diferença de concentração de Gás Carbônico entre o sangue e o alvéolo, faz com que as trocas gasosas ocorram sem gasto de energia, por difusão simples.

- Pressão Parcial de Sangue - Interfere na velocidade de difusão de sangue, quanto maior a diferença de pressão, maior a velocidade de difusão.
"A PRESSÃO PARCIAL DO SANGUE NÃO MUDA COM A ALTITUDE"

  • Movimento Respiratório
Os movimentos respiratórios são os que possibilitam a ventilação pulmonar. No entanto, quem faz os movimentos não é o pulmão, mas os músculos; os músculos intercostais e o diafragma, esses músculos vão aumentar e diminuir o volume da caixa toráxica.
Quando os músculos contraem, o volume da caixa aumenta, caracterizando a inspiração. Quando os músculos relaxam, o volume da caixa diminui, caracterizando a expiração.


  • Controle do movimento
A respiração é um processo automático, no entanto é possível ter algum controle. Quem controla a respiração é o BULBO, onde está localizado o Centro Respiratório, que realiza o controle através da medição da quantidade de gases.
No ARCO AÓRTICO há células nervosas que medem a taxa de oxigênio no sangue, se estiver baixa o bulbo avisa e aumenta a taxa de respiração. Enquanto isso, o bulbo faz a medição de Gás Carbônico, através do pH do sangue, se o pH fica mais baixo há muito gás carbônico, então o bulbo aumenta a taxa respiratória.

  • Transporte de Gases
O oxigênio pode ser transportado dissolvido no plasma ou ligado a hemoglobina, formando a OXIHEMOGLOBINA; já o gás carbônico pode ser transportado dissolvido no plasma, ligado a hemoglobina, formando a CARBOXIHEMOGLOBINA, ou na forma de bicarbonato (ânion HCO3).
Na hemácia há água e oxigênio (na forma de oxihemoglobina), quando a hemácia chega em um tecido o oxigênio desprende-se e ai para o tecido. Já o gás carbônico, que estava no tecido, une-se a água e forma Ácido carbônico (H2CO3), o ácido carbônico junta-se a hemoglobina (Hb) e forma HHb e bicarbonato; o bicarbonato é liberado no sangue. No alvéolo ocorre o inverso.

Imagem:
PULMÃO

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Independência dos Estados Unidos


  • Antecedentes
O principal antecedente foi o descontentamento da elite com relação a forma de governo britânico. A Guerra dos Sete Anos tinha cabado de terminar, e mesmo vencendo, a Inglaterra passou a exercer mais pressões econômicas sobre os colonos, aumentando impostos, ampliou monopólios e criou obstáculos a livre-circulação. O Parlamento inglês acreditava que os colonos deviam custear a defesa da Inglaterra.
George III (rei inglês) e seus ministros consideravam o território norte-americano como um feudo. Assim o ministro George Grenville estabeleceu que um exército fosse para a América, o reforço dos Atos de Comércio e o aumento dos impostos. Em 1764 entrou em vigor a SUGAR ACT (Lei do Açúcar), aumentando os impostos alfandegários. Em 1765 entrou em vigor a STAMP ACT (Lei do Selo), nas quais jornais e panfletos pagavam taxas de selo aos ingleses.
Os colonos unem-se e recusam-se a pagar essa taxa, dizendo que a Stamp Act não foi votada pela sua Assembléia. Visto a reação popular a Stamp Act foi revogada no ano seguinte. Então o novo ministro passou a cobrar impostos sobre mercadorias importadas. E determinou a utilização de tribunais britânicos para julgar os violadores das novas regras.
Essas e outras medidas ficaram conhecidas como TOWNSHEND ACT (Atos Townshend), e os colonos reagiram novamente.
Em 1773 foi aprovada a TEA ACT (Lei do Chá), que permitia a venda direta de chá para acabar com o estoque e obter receita com as taxas de importação. Isso garantia o monopólio da Companhia Inglesa na venda de chá, o que fez crescer a oposição a Tea Act na Filadélfia, em Boston e em Nova York.
No dia 27 de novembro, o navio DARTHMOUTH aportou em Boston, com o primeiro carregamento de chá. Entre os dias 29 e 30 foram realizadas manifestações que exigiam o retorno do chá a Inglaterra. Então, no dia 16 de dezembro, um grupo de colonos invadiu o Darthmouth e jogou todo o carregamento de chá ao mar. Este episódio de resistência dos colonos ficou conhecido como a Festa do Chá de Boston (Boston Tea Party).

  • Leis Intoleráveis
O governo britânico reagiu a Festa do Chá, criando em 1774 as LEIS INTOLERÁVEIS, fechando o Porto de Boston, proibindo reuniões públicas na cidade sem autorização do governador, determinando o retorno de oficiais acusados de assassinato (para que fossem julgados na Inglaterra), obrigou a província de Massachusetts a prover alojamento e alimentação aos soldados britânicos, a Constituição de Massachusetts foi alterada pela metrópole, além de nomear um general britânico como governador de Massachusetts.

  • Primeiro Congresso Continental da Filadélfia
Os colonos reagiram as Leis Intoleráveis convocando um conselho que revogava as leis, criava uma milícia colonial, reafirmaram a liberdade constitucional, boicotaram a importação de produtos ingleses e fizeram uma petição do rei e um apelo a população da Inglaterra para que fossem reparados os danos causados aos ingleses.
Os líderes radicais criavam "comitês de segurança" e organizaram milícias voluntárias de cidadãos. Então, em 19 de abril de 1775 um destacamento britânico entrou em choque, com uma tropa de milicianos, sendo convocado um segundo congresso.

  • Segundo Congresso Continental da Filadélfia
O segundo congresso assumiu a autoridade para tratar dos problemas intercoloniais. Os radicais convenceram os moderados, organizaram um exército comandado por George Washington e procuraram alianças externas.
Passaram-se quinze meses até a declaração de independência, porque ainda estavam ligados ao Império Britânico, tinham medo de uma desordem ou ditadura, a relutância em perderam privilégios de mercado, a esperança de que as medidas fossem canceladas e a falta de articulação dos colonos.

  • Rumo a Independência
O movimento de independência uniu as colônias, assim como cresceu o ressentimento dos colonos. Thomas Paine redigiu um documento, o SENSO COMUM (10 de janeiro de 1776), que era uma exortação de independência.
Em seguida houve choques em Lexington e Concord e à evacuação de tropas britânicas de Boston, os colonos sentiram-se motivados a lutar contra as tropas, obter ajuda estrangeira e declarar a independência. As legislaturas locais instruiram o Congresso da Filadélfia a lutar pela Independência.
Virginia foi a primeira colônia a declarar independência, constituindo-se em república no dia 7 de junho de 1776, levando as outras colônias a fazerem o mesmo.

  • Declaração de Independência
Foi constituida uma comissão designada a elaborar a Declaração de Independência. O documento foi redigido basicamente por Thomas Jefferson, e adotado no dia 4 de julho de 1776, que passou a ser a data de Independência dos Estados Unidos da América.
O documento dividia-se basicamente em duas partes, a primeira mais filosófica falando sobre os direitos naturais determinados por John Locke e outros filósofos liberais ingleses, e a segunda parte falava sobre os agravos realizados pela Inglaterra, que levaram a separação. Essa declaração fortaleceu os radicais e garantiu apoio externo.

  • Guerra de Independência
A guerra foi marcada inicialmente por um sucesso dos colonos, a tomada de Boston, mas foi uma guerra longa e difícil. Primeiro porque não havia um governo central, e o Congresso servia simplesmente como um elo e não tinha o poder de dar ordens.
A independência não pôs fim as divisões internas, apenas um terço da população lutou verdadeiramente pela independência. E havia muitos lealistas que eram partidários da Inglaterra.
Os revoltosos precisavam de recursos, faltavam armas e munições. A vitória foi possível devido a determinação de George Washington e ao apoio francês.
Só em outubro de 1776 constituiu-se um exército nacional, e muitas derrotas foi por causa da má administração. Além disso, não possuiam uma marinha, e só puderam conter com essas armas devido ao apoio francês a partir de 1780.

  • Campo de Batalha e Alianças
De agosto a dezembro os norte-americanos sofreram revezes frente aos britânicos. No fim de 1776, Washington vence a Batalha de Trenton e no início de 1777, vence a Batalha de Princeton. De janeiro a dezembro de 1777 os Estados Unidos sofrem derrotas, no entanto, em 17 de outubro ocorre rendição das tropas em Saratoga.
Com a vitória em Saratoga, a França faz um tratado formal com os Estados Unidos, e muitos franceses dirigem-se a América do Norte para lutar. Quem se destacou foi o marquês de La Fayette, que foi para lá contrário as vontades do pai e do próprio rei; e lutou junto a Washington. Quando voltou a França ajudou no desencadeamento da Revolução Francesa, sendo o primeiro lider da Guarda Nacional.
Em 6 de fevereiro de 1778 a França reconhece a Independência e assinou um Tratado de Aliança e um Tratado de Comércio com a nova nação. A Espanha e a Holanda seguiram o exemplo da França, sendo Benjamin Franklin o principal articulador dos tratados. A guerra perdurou mais uns anos, e os ingleses até ocuparam alguns territórios ao sul.
Em 1780, La Fayette convenceu o Luis XVI a despachar seis mil homens franceses para a América. Com a união das tropas francesas e norte-americanas, os ingleses renderam-se em Yorktown no dia 17 de Outubro de 1781, decidindo a Independência dos Estados Unidos.

  • Reconhecimento da Independência
A guerra teve diversas consequências, inclusive na India e nas Antilhas. Os ingleses sofreram hostilidades de algumas nações e tiveram de negociar o reconhecimento da Independência dos Estados Unidos. Além de serem assinados dois tratados: Tratado de Versalhes (1783) e Tratado de Paris (1783). O primeiro estabelecia a paz entre a Inglaterra e as outras potências européias, e o segundo, punha fim a guerra da independência, reconhecendo os Estados Unidos, apesar das fronteiras imprecisas.

  • Significado da Independência
A Independência dos Estados Unidos foi muito importante para a humanidade, além de marcar o início de uma nova era no mundo ocidental. O poderio era baseado na exploração das colônias, mas a guerra mostrou que as colônias podiam libertar-se da metrópole, mesmo que esta fosse poderosa.
Além disso, foi um ensaio para a Revolução Francesa, em 1789, que acabaria com o ABSOLUTISMO. Acredita-se também que o envolvimento da França aumentou a crise econômica francesa, contribuindo para a eclosão da Revolução.
Na América Latina serviu como um modelo para as elites, como no caso da Inconfidência Mineira (1789). Enfim, os norte-americanos mostraram que um povo não deveria ser subjugado por outro. A forma de governo adotada pelos norte-americanos também constitui-se como uma inovação, a República Federativa, substituindo a monarquia da época.

Video-aula (a segunda é mais resumida!):
http://www.youtube.com/watch?v=L6artW1ZoAw

http://www.youtube.com/watch?v=iEq27ccnCAY&feature=related

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Sistema Digestório II


  • Estômago
O estômago é uma cavidade, que possui parede muscular e glandular. A parte glandular irá secretar o suco gástrico, que contém substâncias essenciais para a digestão.

SUCO GÁSTRICO = ÀCIDO CLORÍDRICO + PEPSINOGÊNIO

O Ácido Clorídrico será responsável por baixar o pH do estômago e transformar o Pepsinogênio em PEPSINA. A pepsina é uma enzima que inicia o processo de digestão das proteínas, e para um bom funcionamento tem de estar em meio ácido, por isso o HCl deixa o pH do estômago em mais ou menos 3.

BOLO ALIMENTAR + SUCO GÁSTRICO = QUIMO

Quando o bolo alimentar transforma-se em quimo a Ptialina é inativada, e começa a funcionar a Pepsina

- Esfincter - É um músculo anelar, presente no começo e no fim do estômago.

  • Intestino delgado
Composto pelo Duodeno e pelo Jejuno-ileo. 
No duodeno será liberado o Suco Pancreático (produzido pelo pâncreas) e o Suco Entérico (produzido pelo duodeno).

QUIMO + S. PANCREÁTICO +S.ENTÉRICO = QUILO

O Suco Pancreático liberará o Bicarbonato de sódio, que irá baixar o pH, sendo assim o pH do duodeno será de 8,5. Um meio alcalino, ótimo para o funcionamento das enzimas que ali atuaram. Já o Suco Entérico irá conter apenas enzimas responsáveis pela digestão.
É no duodeno que tem fim o processo de digestão, ou seja, de quebra das partículas tornando-as moléculas funcionais.

No Jejuno-ileo ocorrerá a absorção das substâncias, sendo assim, sua parede interna é composto por muitas ondulações, as VILOSIDADES, que aumentam a área de absorção. A absorção será através de difusão ou transporte ativo.

  • Intestino Grosso
Tem a função de absorver água e sais minerais, a água por osmose e os sais minerais por transporte ativo. Quando o QUILO chega ao intestino grosso vira BOLO FECAL.
O bombeamento de Sais Minerais para o sangue faz com que a concentração no sangue aumente, e a água passe por osmose, garantindo o equilíbrio de concentração. Após passar por todo o intestino grosso formam-se as fezes, que serão eliminadas.

Vídeo-aula:


Sistema Digestório I


O sistema digestório é composto por:
- Cavidade Oral
- Faringe
- Esôfago
- Estômago
- Intestino Delgado
- Intestino Grosso
- Reto
- Ânus



E por órgãos anexos por onde a comida não passa:
- Glândulas Salivares
- Pâncreas
- Fígado
- Vesícula Biliar
- Jejuno-Ileo
- Duodeno

Para que seja realizada a nutrição, passamos por 4 etapas: nutrição, digestão, absorção e eliminação.

A digestão é a responsável por tornar a comida em moléculas funcionais.

DIGESTÃO = QUEBRA

Na digestão temos que:

CARBOIDRATO = GLICOSE

PROTEÍNA = AMINOÁCIDO

LÍPIDIO = ÁCIDO GRAXO+GLICEROL

ÁCIDO NUCLEICO = NUCLEOTÍDIOS

  • Cavidade Oral
Local onde localizam-se os dentes, a língua e onde as glândulas salivares liberam saliva. Os dentes são responsáveis pela digestão mecânica, quebrando os pedaços de comida em pequenas partículas, para facilitar a digestão. A língua é responsável pela deglutição e pelo paladar. As glândulas salivares liberam saliva.

ALIMENTO + SALIVA = BOLO ALIMENTAR

A saliva será composta por água e PTIALINA. A Ptialina é uma enzima que age sobre os carboidratos, caracterizando esse processo como químico. Para o melhor funcionamento da enzima, precisa-se atingir o pH ótimo e uma boa temperatura. No caso da Ptialina, o 
pH ótimo é 6,5/7 , portanto o pH da cavidade oral é entre 6,5 e 7.

  • Faringe
A faringe é o local por onde o alimento passará da cavidade para o esôfago, além disso faz parte do sistema digestório e respiratório, durante a passagem do alimento a epiglote fecha a laringe para que o alimento não vá para os pulmões.

  • Esôfago
Tubo composto por musculatura lisa, que leva o alimento até o estômago através de movimentos peristálticos, que são movimentos ondulatórios involuntários.


segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Primeira Guerra Mundial - Parte IV

  • CAMPANHAS 1914 E 1915
- Front Ocidental - A Alemanha previa derrotar a França o mais rápido possível. Assim atacaram a Bélgica para chegar mais rápido a França, pegando-a desprevinida devido a crise de Alsácia e Lorena. No entanto faltou forças a Alemanha para completar o seu ataque a França. Embora pego de surpresa o exército francês resistiu; na primeira Batalha de Marne os alemães recuaram e tiveram de redimensionar seu plano. Sendo estendida uma linha de trincheiras de norte a oeste.

- Front Oriental - Os russos lançaram seus exércitos em dois fronts; um contra a Prússia Oriental e o outro contra a Áustria-Húngria. Na Prússia havia um exército alemão bem treinado e os russos perderam, perdendo também quaisquer chance de invadir a Alemanha. Contra a Áustria foram mais bem sucedidos, fazendo a Alemanha atacar a Polônia. No final de 1914, a Alemanha tinha a ofensiva na front oriental, e os russos deixaram de ser uma ameaça as potências centrais.

- Península Balcânica - Os austriacos queriam punir os sérvios. Foram executadas 3 invasões e nenhuma bem sucedida. A Turquia deixa o caminho aberto entre os balcãs e a constantinopla, e entra na guerra ao lado das potências centrais. Em 1915 a Bulgária uniu-se as potências centrais e ocorreu a conquista da Sérvia. Enquanto a Inglaterra tentava romper o bloqueio turco para receber auxilio da Rússia. A entrada da Turquia estendeu o conflito para o Oriente Médio.

- Itália - Em 1915 a Itália juntou-se a Entente, sob a promessa de anexar a Itália Irredenta; sua entrada foi de pouca importância militar, pois não possui muitos recursos, nem tão bom exército. Uma linha de trincheiras foi aberta na fronteira austro-italiana, mobilizando uma parte do exército austríaco.

  • Guerra no Mar
A Inglaterra controlando os mares, conseguiu bloquear a costa da Alemanha e eliminar seus navios, deixando-a sem comunicação com o resto do mundo. Além de anexar as colônias alemãs na África. Esse domínio inglês garantiu o suprimento e o fluxo de homens, forçando a Alemanha a uma guerra marítima. Com isso traz o USA para a guerra.
Com os navios bloqueados, a Alemanha utiliza-se de submarinos, declarando "Zona de Guerra" a área em torno das Ilhas Britânicas, avisando que afundariam navios. Em maio de 1915 afundam o navio LUSITÂNIA, matando 1200 cidadãos, inclusive norte-americanos, colocando o USA contra a Alemanha.

  • Campanhas de 1916
Com o alívio no front oriental, os alemães decidiram acabar com a França, atacando a FORTALEZA DE VERDUN. Os ingleses lançaram uma ofensiva e fizeram os alemães recuarem. Os russos para diminuirem a pressão alemã, tomaram iniciativas no front oriental, conseguiram vitórias, mas foram barrados quando chegaram os reforços alemães. Um exército turco-búlgaro ocupou a Romênia, garantindo trigo e combustível a Alemanha.

  • O ano de 1917
Entre março e junho de 1917 havia um empate militar, e os dois lados apresentavam-se exaustos de homens e recursos. Alegando como motivo a declaração de guerra submarina, em abril de 1917 o USA entra na guerra, decidindo um desfecho em favor da Entente.
As derrotas militares e o colapso econômico levaram a uma Revolução na Russia, em fevereiro de 1917. Com a queda do CZAR, forma-se um governo provisório, que cai em outubro, deixando o poder na mão dos bolcheviques, liderados por Lênin e Trótski, estabelecendo paz com a Alemanha.

  • Vitória da Entente
A ofensiva alemã começa em março de 1918, mas não rompe a linha da Entente. Em julho inicia-se s contra ofensiva, já contando com o apoio dos norte-americanos. A marinha britânica e a norte-americana desenvolveram-se. Assim a partir de 1918 tinham como proteger-se dos submarinos alemães.
Com a vitória no Oriente Médio a Entente eliminou o Império Turco, Jerusalém foi tomada em 1917. Em setembro de 1918 a Búlgaria se rendia. O front sudeste alemão se rompia. Em 29 de setembro de 1918 os lideres militares alemães informaram ao governo que não tinha como vencerem a guerra. Em 8 de novembro a Entente apresentou as condições, e em 11 de novembro a Alemanha rendeu-se.

Umas video-aulas que tem um pouco sobre a Primeira Guerra Mundial:
http://www.youtube.com/watch?v=UOizNAcLcUg

http://www.youtube.com/watch?v=mVsIxGYcZpI&feature=related

http://www.youtube.com/watch?v=_pxaEXjbZZE&feature=relmfu

domingo, 9 de setembro de 2012

Primeira Guerra Mundial - Parte III (O início)

  • Eclosão da guerra
Em 28 de fevereiro de 1914, Francisco Ferdinando (herdeiro do trono da Áustria-Húngria) foi assassinado em Sarajevo por um ativista sérvio, Gavrilo Princip, O incidente deu origem a uma crise entre a Sérvia e a Áustria, que estavam tensas desde 1908, devido ao caso da Bósnia-Herzegóvina. A Áustria, pensando que o assassinato fora consequência do movimento revolucionário, "Grande Sérvia", resolveu tomar medidas severas.
A Áustria obtém a promessa de apoio alemão e converte o ministro hungaro, então em 23 de julho de 1914 entrega um ultimato a Sérvia. Este ultimato foi estruturado para provocar uma guerra, pois acreditavam que apenas uma ação militar acabaria com a agitação na Sérvia. Além disso, acreditavam que com o apoio alemão evitariam o envolvimento russo.
A Sérvia respondeu em tom conciliatório, mas rejeitando duas exigências, a que exigia que a Sérvia aceitasse a colaboração de oficiais austriacos em movimentos subversivos e a de realizar uma investigação com relação ao crime de Sarajevo. A Áustria considerou insatisfatória a resposta, e rompeu relações com a Sérvia.
De 25 de julho de 1914 a 1 de agosto de 1914, os diplomatas tentaram evitar uma guerra generalizada. As potências não queriam guerra, mas não faziam concessões. O ministro russo queria evitar que a Áustria vencesse a Sérvia, então, na certeza de que teria apoio da França em caso de guerra, resolveu ir até o fim.

  • Mobilização e guerra
Sem ter noção do envolvimento russo, em 28 de julho de 1914 a Áustria declara guerra a Sérvia. No dia seguinte os russos mobilizaram seus exércitos, sendo seguidos dos alemães e dos franceses. O sistema de alianças e a irreversibilidade de mobilização equivaliam a uma guerra geral. As declarações formais (Alemanha e Rússia; Alemanha e França) eram apenas consequências.

- Bélgica e Inglaterra -
A Alemanha acreditava que tinha que acabar com a França o mais rápido possível, para não ser aniquilado pela Rússia; para isso tinha que chegar rapidamente a França, teria então de passar pela Bélgica. A invasão da Bélgica sensibilizou a Inglaterra, para agravar a situação o chanceler alemão referiu-se a neutralidade e independência da Bélgica com "um pedaço de papel".


  • Caráter mundial da primeira guerra
Nenhuma guerra anterior teve tamanha magnitude; envolveu 27 nações, incluindo as grandes potências. A guerra custou mais de US$ 150.000.000.000.000, 00 e mais de 15 milhões de vidas.
Foram utilizados todos os recursos provenientes da REVOLUÇÃO INDUSTRIAL (granada, tanque, metralhadora, submarino, aviões). Mas a maior parte das lutas foi em trincheiras, e as operações eram bombardeios, e não mais as batalhas tradicionais. Estadistas civis e militares acreditavam que a guerra seria mais rápida. As nações tiveram de ser revolucionadas, e a Alemanha foi a mais eficiente, mobilizando todos os seus recursos para a guerra.
No início da guerra a força era medida em homens e armas sem levar em conta a drenagem de recursos. A Alemanha superestimou a Rússia, e enfraqueceu o ataque a França, contudo a Rússia não era tão industrializada. Os aliados também demoraram a entender a importância da indústria, em 1915 houve falta de arma na Front. A entrada de recursos do USA foi decisiva na derrota alemã.
Para obter sustentação popular, durante a Primeira Guerra houve grande utilização da propaganda. A simpatia americana pela causa foi construída por artigos, livros e conferências. Além disso, a Inglaterra fez diversas propagandas colocando sobre a Alemanha a responsabilidade da guerra.
Todas as nações publicaram livros dizendo que a guerra era autodefesa, e disseminaram histórias de atrocidades dos inimigos. A população, devido a grande quantidade de propaganda, lutava contra a fúria da guerra. Tudo isso contribui para o clima de vingança e desconfiança durante a Conferência de Paris.




sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Óptica - Parte II (Reflexão)

REFLEXÃO

A reflexão da luz é regida por duas leis:

- Primeira Lei - O raio refletido, a normal e o raio incidente são coplanares, ou seja, estão no mesmo plano: R,N e I, são coplanares.

- Segunda Lei - O ângulo de reflexão (entre o raio de luz e a normal) e igual ao ângulo de incidência (entre o raio refletido e a normal).


r = i


- Espelho plano

Quanto há um objeto em um espelho, a sua imagem está a mesma distância do espelho que o objeto.



CAMPO VISUAL
Ao observarmos o espelho não poderemos ver tudo, apenas aquilo que está no campo visual do espelho, no espaço que ele é capaz de captar as imagens.

- Objeto entre dois espelhos -

Quando um objeto está entre dois espelhos ele forma uma ou mais imagens. Para descobrirmos o número de imagens podemos considerar a seguinte fórmula:

N = (360°/ A) - 1

No qual:
N = Número de imagens formadas.
A = Ângulo entre os espelhos.


Fonte da imagem de campo visual:
http://www.google.com.br/imgres?q=campo+visual+do+espelho+plano&num=10&um=1&hl=pt-BR&biw=1360&bih=625&tbm=isch&tbnid=t-EezcIpN-1d6M:&imgrefurl=http://www.infoescola.com/optica/espelho-plano/&docid=syFxvDDGTsi9kM&imgurl=http://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2010/01/espelho-plano3.jpg&w=332&h=208&ei=JIxKULDQN5Lm8wTvooGYDQ&zoom=1&iact=hc&vpx=625&vpy=162&dur=2095&hovh=166&hovw=265&tx=93&ty=114&sig=106255513070671306248&sqi=2&page=1&tbnh=121&tbnw=193&start=0&ndsp=19&ved=1t:429,r:3,s:0,i:79

Óptica - Parte I (Introdução)

Introdução a Óptica

- Raio de Luz - Linha orientada que representa a direção e o sentido de propagação da luz.



Os feixes de luz (Conjunto de raios de luz) podem ser convergentes (saem separados da fonte de luz e unem-se), divergentes (saem unidos da fonte de luz e separam-se) ou paralelo.


- Fenômenos ópticos -



REFLEXAÇÃO









REFRAÇÃO












- Projeções -



No caso de projeções há sempre a presença de triângulos semelhantes, portanto, é só pensar nas relações de semelhança.

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Primeira Guerra Mundial - Parte II (Tensões pré-guerra)


  • Áreas de tensão na Europa
- Alsácia e Lorena - 
Região fronteiriça entre a França e a Alemanha, anexada pelos alemães no final da Guerra Franco-Prussiana. Habitada por população mista, e reclamada pelos dois paises.

- Itália Irredenta - 
Trentino, território de italianos, permanece parte do Império Austriaco mesmo após a Unificação Italiana. E, por isso, mesmo pertencendo a Tríplice Aliança, Áustria e Itália não tinham boas relações.

- Península Balcânica -
A maior parte da região pertencia ao Império Turco. No processo de desagregação, Rússia e Áustria entram em coalizão. A eclosão da Primeira Guerra estará associada diretamente ao problema balcânico.

  • Crises na Europa
- Crise no Marrocos - 
A ártilha da África ocorreu no século XIX, e a região ao norte da África ficou sob domínio dos turcos, que entraram em crise e fizeram com que sua autoridade perdesse a validade, possibilitando a interferência de potências européias. Em 1905 o imperador alemão reconhece a independência de Marrocos. Esta atitude foi considerada hostil pelos franceses, que tinham interesses na região, colocando a França e a Alemanha à beira de uma guerra. A crise foi controlada e foi estabelecido que França e Espanha controlariam a região.

- Crise balcânica - 
A Bósnia e a Herzegóvina estavam sendo administradas pela Áustria desde 1878 apesar de ser parte do Império Turco. Em 1908 foi realizado um acordo entre Áustria e Rússia, no qual a Áustria ficaria com a Bósnia e a Herzegóvina, e a Rússia teria acesso ao estreito de Bósforos e Dardanelos. No entanto, a abertura não dependia somente da Áustria, que anexou o território, mas deixou a Rússia sem nenhuma recompensa. Essa anexação criou grande ressentimento na Sérvia, que queria criar a "GRANDE SÉRVIA",  por isso considerou-se iminente uma guerra entre a Sérvia e a Áustria, mas a diplomacia venceu.

- Crise de Agadir - 
Os franceses estavam consolidando sua ocupação sobre Marrocos. Em 1911 os franceses ocuparam certas cidades para pôr ordem, e os alemães pensaram que isso era um passo para a anexação. Para evitar isso, os alemães enviaram um navio de guerra (Panther) para o Porto de Agadir. Uma crise eclodiu, decidiu-se então que a Alemanha ficaria com duas faixas do congo francês e a França com o protetorado sobre Marrocos.

- Guerra Turco-Italiana - 
A Crise de Agadir dificulta a situação do Império Turco, que queria retomar o controle do norte da África. Sendo assim, a Itália manda um Ultimato a Turquia,, querendo a posse da Tripole. Como resultado da disputa a Tripole torna-se uma colônia italiana, que só conquistará a independência em 1951. Essa guerra aumentou ainda mais as tensões, pois a Itália fazia parte da Tríplice Aliança e a Alemanha apoiava a Turquia.

- Guerras Balcânicas - 
Houve duas guerras, a primeira teve como motivo imediato a recusa da Turquia em conceder autonomia a Macedônia. Assim, Sérvia, Grécia, Montenegro e Búlgaria aliam-se a Macedônia e declaram guerra a Turquia. A Rússia apoiava os eslavos e a Alemanha apoiava os turcos, ou seja, este conflito mostra que as grandes potências estavam a beira de uma guerra aberta. Em 1913 ocorre o armistício, e a Turquia perde Creta e todas as suas possessões européias.
Começa então a segunda guerra balcânica, pois os paises não sabiam como dividir o território. A Búlgaria foi bloqueada pela Sérvia. Em agosto de 1913, a Búlgaria cedeu seus territórios a sul de Danúbio para a Romênia. Sérvia, Grécia e Montenegro ficaram com a maior parte da Macedônia. Em 1914 a Albânia é reconhecida como principado.
Os Estados balcânicos conseguiram quatro quintos do território europeu da Turquia, que deixou de ser uma potência européia, para ser uma potência da Ásia. Mas os Estados balcânicos continuaram disputando por territórios, dando margem a interferência das potências da Europa.




terça-feira, 4 de setembro de 2012

Inglaterra - Parte I (Tudors)


  • Reinado Henrique VII (1485-1509)
Assumiu o trono após o término da Guerra das Duas Rosas (Guerra entre a família Lancaster e a família York pelo controle da coroa inglesa). Estabeleceu paz com a Irlanda e a reafirmou com a Escócia. Equilíbrio a política externa e oraganizou as finanças do país, abaladas pela guerra civil.

  • Reinado de Henrique VIII(1509-1547)
Sucessor de Henrique VII, foi responsável pelo rompimento com o papa e a Reforma na Inglaterra, criando a então IGREJA ANGLICANA e consolidando o poder real. Incentivou a manufatura, o comércio e foi considerado criador da marinha inglesa.

  • Reinado de Eduardo VI (1547-1553)
Quando assumiu o trono tinha apenas 10 anos, dessa forma tinha um Conselho de Regência. O absolutismo foi perdendo forças, pois a alta nobreza começou a desempenhar negócios do governo. O rei não tinha uma saúde muito boa, e morreu, deixando suas irmãs brigando pela sucessão do trono.

  • Reinado de Maria I (1553-1558)
Era filha do primeiro casamento de Henrique VIII (com Catarina de Aragão). Foi educada pela mãe, portanto era católica. Ao assumir ao trono restabeleceu o catolicismo na Inglaterra e reconciliou-se com o papa, casou-se com o rei da Espanha, Filipe II, e iniciou uma caça aos calvinistas e anglicanos, ficando conhecida como BLOODY MARY. Antes de morrer designou Elisabeth como sua sucessora.

  • Reinado de Elisabeth I (1558-1603)
Filha de Henrique VIII com Ana Bolena, foi considerada ilegitima, no entanto, em 1544 um estatuto do Parlamento colocou-a na sucessão. Sua ascensão foi bem aceita pelos desgostosos com a política religiosa de Maria I, e Elisabeth I volta a política eclesiástica de Henrique VIII, queria ser autoridade na Igreja, o que a opunha aos católicos e calvinistas.
Constituiu uma Igreja Anglicana híbrida entre o catolicismo e o protestantismo, sob controle do monarca. Os calvinistas passam a ser chamados de "PURITANOS" e foram tão perseguidos quanto os católicos.
Elisabeth I foi uma das principais monarcas da Inglaterra e foi responsável por colocar o estado britânico acima de qualquer coisa. Devido aos seus interesses nos Paises Baixos, ajudou-os a conquistar sua independência em relação a Espanha.
Assim ocorre a guerra entre a Inglaterra e a Espanha, a Invencível Armada Espanhola é derrotada e tem início o domínio inglês sob os mares, assim corsários ingleses passam a pilhar tesouros espanhóis.
É durante seu reinado que chega na Inglaterra os flamengos, que fugiam a perseguição dos espanhóis e ajudaram na organização da manufatura de lã. Acelera o movimento de cercamento de terras (Enclosures) devido a criação de ovelhas. São aprovadas as Poor Laws. Começam as organizações das primeiras expedições ultramarinas britânicas, tanto para a Ásia quanto para a América.
O PERÍODO ELISABETANO foi um dos mais importantes na história da Inglaterra, um dos mais destacados representantes foi William Shakespeare (1564-1616).
Elisabeth I não teve filhos, assim antes de morrer deixa como herdeiro do trono Jaime VI, o rei da Escócia, que posteriormente será nomeado Jaime I, rei da Inglaterra. Tem início então o domínio da Dinastia Stuart.

domingo, 2 de setembro de 2012

Regiões do Brasil - Parte II (Sul)

  • Estrutura e relevo
A região Sul está localizada em maiores altitudes, dessa forma apresenta condições climáticas e ecológicas subtropicais. 
Na Região Sul encontram-se diferentes estruturas geológicas, terrenos pré-cambrianos (que são os mais antigos da terra), terrenos do Arqueano, que formam o Complexo Cristalino no Nordeste da região, e áreas formadas por sedimentos recentes, principalmente no litoral gaúcho.
Há também áreas formadas por sedimentos antigos, onde existem reservas de carvão, terrenos formados pelo derrame de lava vulcânica, terrenos formados por rochas eruptivas, entre os quais destacam-se os planaltos arenito basálticos, com relevo de cuestas (formado por diferentes rochas) e manchas de terra roxa.

  • Hidrografia
A maior parte da Região Sul é drenada por três bacias: bacia do Paraná, bacia do Uruguai e bacia do Sul-Sudeste. Apresenta, portanto, elevado potencial elétrico, com destaque para a hidrelétrica do Itaipu. Além do potencial hidrelétrico, destaca-se o aproveitamento para a irrigação agrícola.

  • Clima
A paisagem climatobotânica individualiza essa região, isso deve-se principalmente a posição geográfica e a altitude, explicando também a média térmica e as geadas durante o inverno. O sul possui dois grandes domínios climáticos: o tropical, no Norte do Paraná, e o subtropical, do centro do Paraná ao extremo Rio Grande do Sul. 
O clima subtropical apresenta média térmica entre 17°C e 20°C, chuvas entre 1000 e 2000 mm, verão quente e inverno rigoroso, e as quatro estações do ano bem definidas. 


  • Vegetação
Apresenta diferentes formações vegetais, que variam de acordo com a latitude, o solo, a proximidade com o mar e a altitude. É uma região ocupada por matas tropicais e campos, mas a vegetação predominante são as florestas subtropicais, sobretudo a MATA DAS ARAUCÁRIAS.

  • Ocupação e povoamento
A primeira corrente de povoação da região sul foram os padres jesuítas, ainda no século XVII. O crescimento e sucesso das missões trouxe para a região os bandeirantes paulistas. Na metade do século XVIII o governo português instalou colonos em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul.
O extremo sul sofreu uma ocupação luso-brasileira, também no século XVIII, e formou-se ali uma pecuária extensiva de grandes propriedades.
A região da mata foi ocupada por colonos alemães, italianos e eslavos. Estabeleram pequenas e médias propriedades, com rotação de cultivo e pastagem.
A colonização do norte do Paraná esteve ligada a expansão da cafeicultura paulista. Teve seu auge entre 1920 e 1950, realizada por colonos europeus, japoneses e brasileiros.
Apesar de no início a ocupação estar ligada ao cultivo de café, hoje caracteriza-se pela policultura, além das médias e grandes propriedades.

  • Economia
A região Sul apresenta uma das mais diversificadas agriculturas, além de uma importante área de criação de gado. Destaca-se também o sul do RS, domínio dos pampas, uma das áreas mais tradicionais da pecuária extensiva, principalmente na criação de gado bovino e ovino. Ainda nos pampas devido ao solo fértil, e a topografia, é a principal área produtora de cereais do país.
A área de planalto, do norte do RS ao sul do PR, nas encostas e vales, sobressai a colonização estrangeira (alemães e italianos). Os traços mais marcantes são a pequena propriedade, a policultura e a rotação da terra.
Nas áreas das matas do planalto há grande criação de suínos, predominando a pecuária extensiva, embora apareça a triticultura em alguns pontos.

  • Extrativismo vegetal
A existência de matas, principalmente a mata das araucárias, destacou a região Sul na produção de madeira. As matas subtropicais fornecem madeira como pinho. O norte do Paraná possui um resto de mata tropical que está sendo substituida por pastos, num rápido processo de desmatamento.
Já quanto ao extrativismo mineral, destaca-se na produção de CARVÃO, COBRE e XISTO BETUMINOSO, sendo o RS o maior produtor de cobre do Brasil. No Paraná localiza-se a primeira usina de extração de xisto betuminoso do país.

  • Regiões geoeconômicas
- Norte do Paraná -
É a região mais dinâmica do Paraná, e caracteriza-se como um prolongamento da economia do Oeste Paulista. O norte ainda pode ser dividido em três partes: norte velho (onde teve início a ocupação do café, possui solos desgastados e criação extensiva), norte novo (concentra os maiores centros econômicos do norte do Paraná, e devido a presença de terra roxa sua economia baseia-se na cafeicultura), novissímo norte (ocupação mais recente ligada a policultura comercial como soja, trigo, algodão e cana).

- Planalto paranaense - 
O planalto meridional destaca-se pela agropecuária e a presença da metrópole regional, Curitiba. A industrialização irá concentrar-se em torno de Curitiba, beneficiando-se da proximidade com São Paulo, da energia vinda de Itaipu e dos incentivos fiscais.
Ainda assim a agropecuária é importante, além da pecuária suina e leiteira. Destaca-se a grande quantidade de madeira e xisto betuminoso.

- Encosta Catarinense - 
Dividi-se em: Vale do Itajai, Zona Central e Zona Carbonifera (Vale do Tubarão). O Vale do Itajai teve colonização alemã e é a principal área econômica de SC; desenvolve a agropecuária (policultura em pequenas e médias propriedades). Na Zona Central localiza-se Florianópolis, centro político administrativo. E Vale do Tubarão, que teve colonização italiana que tem como principal atividade econômica a produção de carvão.

- Planalto Catarinense -
Região drenada pelo Rio Uruguai, abrange o Centro-Oeste de SC. Sua base econômica é a policultura na pequena e média propriedade, outro destaque é a extração de madeira e a fruticultura.

- Planalto Norte-Rio Grandense -
Estende-se da região serrana gaúcha, até a bacia do alto Uruguai. A base econômica é a agropecuária (fumo, soja, trigo, uva e suínos).

- Depressão Central -
Abrange o Vale do Jacuí e a região da Grande Porto Alegre. É a principal região econômica devido a concentração urbano-industrial (agricultura e produção de carvão).

- Extremo Sul - 
Abrange a Campanha Gaúcha e a região Lagunar (sudeste, sudoeste e sul do RS). A economia baseia-se na pecuária extensiva e na agricultura comercial (arroz, soja e trigo). Além da produção de cobre (Rio Camacuã) e carvão (Bagé).


A região Sul é a segunda mais importante concentração industrial, e o principal celeiro do país. Além de ser o mais próximo de um Primeiro Mundo no Brasil, por apresentar elevados índices de desenvolvimento. Possui a menor taxa de analfabetismo e mortalidade infantil, e a maior expectativa de vida do país.

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sábado, 1 de setembro de 2012

Primeira Guerra Mundial - Parte I (Paz Armada)

Entre 1871 e 1914 a Europa viveu um momento de paz, progresso e esperanças para o futuro, as guerras e a pobreza faziam parte do passado. Enquanto a grande maioria acreditasse que isso fosse durar para sempre, e enfim chegou a era da paz eterna, outros acreditavam que as relações internacionais eram instáveis, e a paz, frágil.
Os historiadores da época chamaram o período de "ERA DO PROGRESSO", enquanto hoje ele é conhecido como "PAZ ARMADA".


  • Fatores do Otimismo
Durante aquela época houve um grande crescimento do internacionalismo, melhorando os meios de transporte e comunicação, acelerando o intercâmbio entre os povos e as regiões. Havia intercâmbio entre os professores das universidades, e a ideia de "Civilização Ocidental" começou a crescer. Além dos elos culturais e intelectuais, criou-se laços econômicos.
Houve criação de movimentos pacifistas que promoviam a paz. Estudiosos e intelectuais faziam campanha contra a guerra, setores religiosos e grandes investidores também acabaram aderindo aos movimentos pacifistas.
Em 1899, por ideia do czar NICOLAU II, 26 nações reuniram-se na Holanda, com o plano de realizarem o desarmamento das nações, contudo as nações não conseguiram entrar num acordo. Em 1907 houve outra conferência, que agora contava com 44 nações, inclusive o Brasil (representado por Rui Barbosa), mas novamente não entrou-se em nenhum consenso.

  • Fatores do pessimismo
O principal fator do otimismo é o sistema de alianças que instaurou-se na Europa. Pois na época havia forças poderosas orientadas a guerra: MILITARISMO, NACIONALISMO e IMPERIALISMO. E devido as desconfianças mútuas, as seis grandes potências dividiram-se em dois grandes blocos, que até 1905 não eram tão visíveis e a guerra parecia improvável, no entanto em 1905 ocorre a cristalização desses blocos. 
Assim, entre 1905 e 1914 a Europa enfrenta um período de crise, muitas controladas pelo Direito Internacional, e a guerra consegue ser evitada.

  • As alianças
- TRÍPLICE ALIANÇA - 
Primeiro foi formada a Liga dos Três IMperadores, logo que acabou a guerra Franco-Prussiana, e só depois formou-se a Tríplica Aliança (entre Alemanha, Aústria-Hungria e Italia). No entanto, interesses conflitantes enfraqueceram a aliança, assim em 1902 a Italia quase saiu da aliança. Em 1913 a aliança entre as três nações foi reafirmada, mesmo que a Aústria e a Alemanha tivessem dúvidas quanto a lealdade da Italia.

- DÚPLICE ALIANÇA -
A França foi isolada após sua derrota na guerra contra a Prússia e estava ansiosa em estabelecer aliança com alguma nação. Enquanto isso, os russos estavam descontentes com os alemães por não renovarem o Tratado de Ressegurança, ao mesmo tempo que eram dependentes dos empréstimos franceses. Em 1891, Rússia e França assinam um acordo secreto, que em 1894 vem ao público. A Dúplice Aliança foi então reafirmada e fortalecida.

- INGLATERRA - 
Mesmo com a formação de alianças por toda a Europa, a Inglaterra mantinha-se isolada. Pois possuia conflitos de interesse com todas as potências da Europa. No entanto, as tensões internacionais levaram a Inglaterra a reconsiderar esse "isolamento". Então em 1900 e 1902 foi tentar um acordo com a Alemanha, que recusou-se, acreditando que a Inglaterra nunca entraria num acordo com a Rússia. Assim, os ingleses fazem um acordo com o Japão em 1902 e com a França em 1904, formando a Entente Cordiale.

- ENTENTE CORDIALE -
Um acordo entre França e Inglaterra (duas grandes rivais históricas) parecia inpossível. Contudo, com o fracasso do acordo entre a Inglaterra e a Alemanha, as duas potências aproximaram-se. Além disso, o acordo de 1904 liberou o Marrocos a França e o Egito a Inglaterra.

- TRÍPLICE ENTENTE - 
As relações entre a Rússia e a Inglaterra ainda eram péssimas. Em 1905 mudam os governos dos dois paises, o que possibilita uma conversação, ao mesmo tempo que a cooperação entre a França e a Inglaterra aumentam. Então, diplomatas russos e franceses difundem a idéia de unidade entre FRANÇA, INGLATERRA e RÚSSIA, a Tríplice Entente, uma força oposta a Tríplice Aliança. A diplomacia criou condições para uma guerra mundial.