sábado, 1 de setembro de 2012

Primeira Guerra Mundial - Parte I (Paz Armada)

Entre 1871 e 1914 a Europa viveu um momento de paz, progresso e esperanças para o futuro, as guerras e a pobreza faziam parte do passado. Enquanto a grande maioria acreditasse que isso fosse durar para sempre, e enfim chegou a era da paz eterna, outros acreditavam que as relações internacionais eram instáveis, e a paz, frágil.
Os historiadores da época chamaram o período de "ERA DO PROGRESSO", enquanto hoje ele é conhecido como "PAZ ARMADA".


  • Fatores do Otimismo
Durante aquela época houve um grande crescimento do internacionalismo, melhorando os meios de transporte e comunicação, acelerando o intercâmbio entre os povos e as regiões. Havia intercâmbio entre os professores das universidades, e a ideia de "Civilização Ocidental" começou a crescer. Além dos elos culturais e intelectuais, criou-se laços econômicos.
Houve criação de movimentos pacifistas que promoviam a paz. Estudiosos e intelectuais faziam campanha contra a guerra, setores religiosos e grandes investidores também acabaram aderindo aos movimentos pacifistas.
Em 1899, por ideia do czar NICOLAU II, 26 nações reuniram-se na Holanda, com o plano de realizarem o desarmamento das nações, contudo as nações não conseguiram entrar num acordo. Em 1907 houve outra conferência, que agora contava com 44 nações, inclusive o Brasil (representado por Rui Barbosa), mas novamente não entrou-se em nenhum consenso.

  • Fatores do pessimismo
O principal fator do otimismo é o sistema de alianças que instaurou-se na Europa. Pois na época havia forças poderosas orientadas a guerra: MILITARISMO, NACIONALISMO e IMPERIALISMO. E devido as desconfianças mútuas, as seis grandes potências dividiram-se em dois grandes blocos, que até 1905 não eram tão visíveis e a guerra parecia improvável, no entanto em 1905 ocorre a cristalização desses blocos. 
Assim, entre 1905 e 1914 a Europa enfrenta um período de crise, muitas controladas pelo Direito Internacional, e a guerra consegue ser evitada.

  • As alianças
- TRÍPLICE ALIANÇA - 
Primeiro foi formada a Liga dos Três IMperadores, logo que acabou a guerra Franco-Prussiana, e só depois formou-se a Tríplica Aliança (entre Alemanha, Aústria-Hungria e Italia). No entanto, interesses conflitantes enfraqueceram a aliança, assim em 1902 a Italia quase saiu da aliança. Em 1913 a aliança entre as três nações foi reafirmada, mesmo que a Aústria e a Alemanha tivessem dúvidas quanto a lealdade da Italia.

- DÚPLICE ALIANÇA -
A França foi isolada após sua derrota na guerra contra a Prússia e estava ansiosa em estabelecer aliança com alguma nação. Enquanto isso, os russos estavam descontentes com os alemães por não renovarem o Tratado de Ressegurança, ao mesmo tempo que eram dependentes dos empréstimos franceses. Em 1891, Rússia e França assinam um acordo secreto, que em 1894 vem ao público. A Dúplice Aliança foi então reafirmada e fortalecida.

- INGLATERRA - 
Mesmo com a formação de alianças por toda a Europa, a Inglaterra mantinha-se isolada. Pois possuia conflitos de interesse com todas as potências da Europa. No entanto, as tensões internacionais levaram a Inglaterra a reconsiderar esse "isolamento". Então em 1900 e 1902 foi tentar um acordo com a Alemanha, que recusou-se, acreditando que a Inglaterra nunca entraria num acordo com a Rússia. Assim, os ingleses fazem um acordo com o Japão em 1902 e com a França em 1904, formando a Entente Cordiale.

- ENTENTE CORDIALE -
Um acordo entre França e Inglaterra (duas grandes rivais históricas) parecia inpossível. Contudo, com o fracasso do acordo entre a Inglaterra e a Alemanha, as duas potências aproximaram-se. Além disso, o acordo de 1904 liberou o Marrocos a França e o Egito a Inglaterra.

- TRÍPLICE ENTENTE - 
As relações entre a Rússia e a Inglaterra ainda eram péssimas. Em 1905 mudam os governos dos dois paises, o que possibilita uma conversação, ao mesmo tempo que a cooperação entre a França e a Inglaterra aumentam. Então, diplomatas russos e franceses difundem a idéia de unidade entre FRANÇA, INGLATERRA e RÚSSIA, a Tríplice Entente, uma força oposta a Tríplice Aliança. A diplomacia criou condições para uma guerra mundial.

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