domingo, 2 de setembro de 2012

Regiões do Brasil - Parte II (Sul)

  • Estrutura e relevo
A região Sul está localizada em maiores altitudes, dessa forma apresenta condições climáticas e ecológicas subtropicais. 
Na Região Sul encontram-se diferentes estruturas geológicas, terrenos pré-cambrianos (que são os mais antigos da terra), terrenos do Arqueano, que formam o Complexo Cristalino no Nordeste da região, e áreas formadas por sedimentos recentes, principalmente no litoral gaúcho.
Há também áreas formadas por sedimentos antigos, onde existem reservas de carvão, terrenos formados pelo derrame de lava vulcânica, terrenos formados por rochas eruptivas, entre os quais destacam-se os planaltos arenito basálticos, com relevo de cuestas (formado por diferentes rochas) e manchas de terra roxa.

  • Hidrografia
A maior parte da Região Sul é drenada por três bacias: bacia do Paraná, bacia do Uruguai e bacia do Sul-Sudeste. Apresenta, portanto, elevado potencial elétrico, com destaque para a hidrelétrica do Itaipu. Além do potencial hidrelétrico, destaca-se o aproveitamento para a irrigação agrícola.

  • Clima
A paisagem climatobotânica individualiza essa região, isso deve-se principalmente a posição geográfica e a altitude, explicando também a média térmica e as geadas durante o inverno. O sul possui dois grandes domínios climáticos: o tropical, no Norte do Paraná, e o subtropical, do centro do Paraná ao extremo Rio Grande do Sul. 
O clima subtropical apresenta média térmica entre 17°C e 20°C, chuvas entre 1000 e 2000 mm, verão quente e inverno rigoroso, e as quatro estações do ano bem definidas. 


  • Vegetação
Apresenta diferentes formações vegetais, que variam de acordo com a latitude, o solo, a proximidade com o mar e a altitude. É uma região ocupada por matas tropicais e campos, mas a vegetação predominante são as florestas subtropicais, sobretudo a MATA DAS ARAUCÁRIAS.

  • Ocupação e povoamento
A primeira corrente de povoação da região sul foram os padres jesuítas, ainda no século XVII. O crescimento e sucesso das missões trouxe para a região os bandeirantes paulistas. Na metade do século XVIII o governo português instalou colonos em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul.
O extremo sul sofreu uma ocupação luso-brasileira, também no século XVIII, e formou-se ali uma pecuária extensiva de grandes propriedades.
A região da mata foi ocupada por colonos alemães, italianos e eslavos. Estabeleram pequenas e médias propriedades, com rotação de cultivo e pastagem.
A colonização do norte do Paraná esteve ligada a expansão da cafeicultura paulista. Teve seu auge entre 1920 e 1950, realizada por colonos europeus, japoneses e brasileiros.
Apesar de no início a ocupação estar ligada ao cultivo de café, hoje caracteriza-se pela policultura, além das médias e grandes propriedades.

  • Economia
A região Sul apresenta uma das mais diversificadas agriculturas, além de uma importante área de criação de gado. Destaca-se também o sul do RS, domínio dos pampas, uma das áreas mais tradicionais da pecuária extensiva, principalmente na criação de gado bovino e ovino. Ainda nos pampas devido ao solo fértil, e a topografia, é a principal área produtora de cereais do país.
A área de planalto, do norte do RS ao sul do PR, nas encostas e vales, sobressai a colonização estrangeira (alemães e italianos). Os traços mais marcantes são a pequena propriedade, a policultura e a rotação da terra.
Nas áreas das matas do planalto há grande criação de suínos, predominando a pecuária extensiva, embora apareça a triticultura em alguns pontos.

  • Extrativismo vegetal
A existência de matas, principalmente a mata das araucárias, destacou a região Sul na produção de madeira. As matas subtropicais fornecem madeira como pinho. O norte do Paraná possui um resto de mata tropical que está sendo substituida por pastos, num rápido processo de desmatamento.
Já quanto ao extrativismo mineral, destaca-se na produção de CARVÃO, COBRE e XISTO BETUMINOSO, sendo o RS o maior produtor de cobre do Brasil. No Paraná localiza-se a primeira usina de extração de xisto betuminoso do país.

  • Regiões geoeconômicas
- Norte do Paraná -
É a região mais dinâmica do Paraná, e caracteriza-se como um prolongamento da economia do Oeste Paulista. O norte ainda pode ser dividido em três partes: norte velho (onde teve início a ocupação do café, possui solos desgastados e criação extensiva), norte novo (concentra os maiores centros econômicos do norte do Paraná, e devido a presença de terra roxa sua economia baseia-se na cafeicultura), novissímo norte (ocupação mais recente ligada a policultura comercial como soja, trigo, algodão e cana).

- Planalto paranaense - 
O planalto meridional destaca-se pela agropecuária e a presença da metrópole regional, Curitiba. A industrialização irá concentrar-se em torno de Curitiba, beneficiando-se da proximidade com São Paulo, da energia vinda de Itaipu e dos incentivos fiscais.
Ainda assim a agropecuária é importante, além da pecuária suina e leiteira. Destaca-se a grande quantidade de madeira e xisto betuminoso.

- Encosta Catarinense - 
Dividi-se em: Vale do Itajai, Zona Central e Zona Carbonifera (Vale do Tubarão). O Vale do Itajai teve colonização alemã e é a principal área econômica de SC; desenvolve a agropecuária (policultura em pequenas e médias propriedades). Na Zona Central localiza-se Florianópolis, centro político administrativo. E Vale do Tubarão, que teve colonização italiana que tem como principal atividade econômica a produção de carvão.

- Planalto Catarinense -
Região drenada pelo Rio Uruguai, abrange o Centro-Oeste de SC. Sua base econômica é a policultura na pequena e média propriedade, outro destaque é a extração de madeira e a fruticultura.

- Planalto Norte-Rio Grandense -
Estende-se da região serrana gaúcha, até a bacia do alto Uruguai. A base econômica é a agropecuária (fumo, soja, trigo, uva e suínos).

- Depressão Central -
Abrange o Vale do Jacuí e a região da Grande Porto Alegre. É a principal região econômica devido a concentração urbano-industrial (agricultura e produção de carvão).

- Extremo Sul - 
Abrange a Campanha Gaúcha e a região Lagunar (sudeste, sudoeste e sul do RS). A economia baseia-se na pecuária extensiva e na agricultura comercial (arroz, soja e trigo). Além da produção de cobre (Rio Camacuã) e carvão (Bagé).


A região Sul é a segunda mais importante concentração industrial, e o principal celeiro do país. Além de ser o mais próximo de um Primeiro Mundo no Brasil, por apresentar elevados índices de desenvolvimento. Possui a menor taxa de analfabetismo e mortalidade infantil, e a maior expectativa de vida do país.

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